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PERFIL UROGINECOLÓGICO E CAPACIDADE DE CONTRAÇÃO DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO DE MULHERES INFECTADAS COM O VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANA TIPO 1

Carla Iasmin Lima Lemos 1, Andreza Soares Nogueira 2, Rayanne Mesquita Bendelack 3, Denise da Silva Pinto 4, Cibele Nazaré Câmara Rodrigues 5

  • Fisioterapeuta; Pós-graduada em Fisioterapia Pélvica pela Faculdade Inspirar; São Paulo – SP, Brasil.
  • Fisioterapeuta; Mestranda em Doenças Tropicais pelo Núcleo de Doenças Tropicas da Universidade Federal do Pará (UFPA); Belém – PA, Brasil
  • Fisioterapeuta; Mestre em Neurociências e Comportamento pela Universidade Federal do Pará (UFPA); Belém – PA, Brasil.
  • Fisioterapeuta; Doutora em Doenças Tropicais e Docente da Universidade Federal do Pará (UFPA); Belém – PA, Brasil
  • Fisioterapeuta; Doutora em Teoria e Pesquisa do Comportamento e Docente da Universidade Federal do Pará (UFPA); Belém – PA, Brasil.

Autor correspondente:

Carla Iasmin Lima Lemos

Endereço: Rua Bueno de Andrade, 769. Aclimação. CEP: 01526-000, São Paulo, SP – Brasil.

E-mail: carla.lemos@unifesp.br

 

Edição: ,

PERFIL UROGINECOLÓGICO E CAPACIDADE DE CONTRAÇÃO DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO DE MULHERES INFECTADAS COM O VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANA TIPO 1

RESUMO

O vírus linfotrópico da célula T humana tipo 1 tem sido relacionado com paraparesia espástica uma patologia de natureza inflamatória que afeta o sistema nervoso central levando a uma evolução crônica e progressiva. A prevalência desta infecção é descrita em diferentes regiões do mundo, sendo que no Brasil apresenta uma alta prevalência. O objetivo é caracterizar o perfil uroginecológico e avaliar a contração do assoalho pélvico de mulheres infectadas com o Vírus Linfotrópico da Célula T Humana tipo 1 (HTLV-1). Através de estudo descritivo transversal retrospectivo realizado com 10 pacientes do sexo feminino, portadoras do vírus HTLV-1 e participantes de um projeto de Fisioterapia pélvica. A partir do protocolo de avaliação coletou-se os dados pessoais, antecedentes ginecológicos, antecedentes sexuais, sintomas urológicos, exame físico com a utilização do esquema PERFECT e aplicou-se o questionário King’s Health (KHQ). Como resultado, a idade média da amostra de 60,4±9,86 anos e o tempo médio de descoberta do vírus de 6,6±4,7 anos. A amostra foi caracterizada com baixo nível educacional e socioeconômico. Com base no esquema PERFECT verificou-se que a média de contração perineal foi de 2,4±1,8, endurance 3,6±3,6, resistência (número de contrações sustentadas) 2,9±2,9 e o número de contração rápida 5,9±4,5. No tocante, a variável qualidade vida avaliada pelo KHQ obteve as pontuações mais próximas de 0 sugerindo boa qualidade de vida. Conclusões: Mulheres infectadas pelo HTLV-1 tem como principais sintomas urinários o aumento da frequência, urgência e noctúria. Além disso, apresentam contração perineal graduada como fraca com utilização de musculatura acessória.

Palavras-chave: ginecologia; HTLV; fisioterapia

 

ABSTRACT

 

Human T-cell lymphotropic virus type 1 has been linked to spastic paraparesis, a pathology of an inflammatory nature that affects the central nervous system leading to a chronic and progressive evolution. The prevalence of this infection is described in different regions of the world, with a high prevalence in Brazil. The objective is to characterize the urogynecological profile and evaluation contraction pelvic floor muscle of women infected with human T-cell lymphotropic virus type 1 (HTLV-1). This is a descriptive cross-sectional retrospective study of 10 female patients with HTLV-1 virus and participants in a pelvic physiotherapy project. From the protocol, personal data, gynecological antecedents, sexual antecedents, urological symptoms, physical examination using the PERFECT scheme were collected and the King’s Health (KHQ) and Female Sexual Function Index (FSFI) questionnaires were applied. Results mean age of the sample was of 60,4±9,86 years and the mean time of virus detection of 6,6±4,7 years, the sample was characterized with low educational and socioeconomic levels. Based on the PERFECT scheme, the mean strength of perineal contraction was 2,4±1,8, endurance 3,6±3,6, resistance (number of sustained contractions) 2,9±2,9, and number of rapid contraction 5,9±4,5. The quality of life variable assessed by the KHQ obtained the closest score to 0, suggesting a good quality of life. Conclusions: HTLV-1 infected women have as their main urinary symptoms are increased frequency, urgency and nocturia. In addition, the graded perineal contraction as weak with accessory musculature demonstrates the need to treatment to improve urinary function.

Keywords: gynecology; HTLV; physiotherapy