Edição: 2010, Ed.6-NOV-DEZ
Estudos atuais mostram que a população idosa tem aumentado consideravelmente no Brasil e no mundo, o que tem despertado o interesse de diversos pesquisadores acerca das mudanças que ocorrem nesta fase da vida e suas conseqüências para a população idosa. Este trabalho tem por objetivo verificar e comparar o estado mental, as atividades de vida diária (AVD’s) e a incontinência urinária (IU), em idosos institucionalizados e não institucionalizados.
RESUMO
Estudos atuais mostram que a população idosa tem aumentado consideravelmente no Brasil e no mundo, o que tem despertado o interesse de diversos pesquisadores acerca das mudanças que ocorrem nesta fase da vida e suas conseqüências para a população idosa. Este trabalho tem por objetivo verificar e comparar o estado mental, as atividades de vida diária (AVD’s) e a incontinência urinária (IU), em idosos institucionalizados e não institucionalizados. Trata-se de um estudo quantitativo de coorte transversal realizado com 52 idosos institucionalizados e não institucionalizados entre 60 e 99 anos de idade na cidade de Muriaé/MG; divididos em três grupos: um grupo de 19 idosos não-institucionalizados (GC), e dois grupos com 17 e 16 idosos respectivamente, institucionalizados (GI) em duas instituições distintas (IA e IB). A amostra foi predominantemente feminina (84,6%). A análise dos resultados sugeriu que entre os idosos institucionalizados não existiu relação entre o estado mental e a independência nas AVD’s; a IU com a independência nas AVD’s, com estado mental e ainda com a idade, pois não apresentaram valores significativos. Porém quando comparados GC com GI houve diferença significativa (p<0,05). O declínio principalmente funcional e cognitivo podem ter como um fator agravante ou mesmo causal a condição da institucionalização.
Palavras-chave: Idoso; Estado Mental; Independência Funcional e Incontinência Urinária.
ABSTRACT
Current studies show the elderly population has been increasing substantially in Brazil and in the world, this fact has aroused many researchers’ interest about the changes that happen during this part of the life and consequences for the elderly population. The aim of this paper is verify and compare the mental status, activities of daily living (ADLs) and the urinary incontinence in elderly institutionalized and non-institutionalized. This is a cross-sectional quantitative study accomplished with 52 elderly institutionalized and non-institutionalized between 60 and 99 years old in Muriaé/MG city; divided into three groups: one group of 19 elderly called living group (GC), and two groups with 17 and 16 elderly respectively, institutionalized (GI) in two different nursing homes, referred to as IA and IB groups. The sample was predominantly female with 84,6%. The results suggest that among IA and IB there is no relation between mental status and the independence in daily activities; the urinary incontinence and the independency in daily activities; the mental status and the age, therefore they do not present significant values. However, comparing GC with GI there was significant difference, especially the functional and the cognitive decline may have, as an aggravating factor or even causal, the condition of institutionalization.
Key words: Elderly; Mental Status; Functional Independence and Urinary Incontinence.
Sobre os Autores
1. Acadêmicas do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Minas – FAMINAS – Muriaé/MG.
2. Graduação em Agronomia e Mestrado em Engenharia Agrícola, ambos pela Universidade Federal de Viçosa, Licenciatura Plena em Ciências Biológicas, pela Universidade Salgado de Oliveira, e Pós-Graduação Lato Sensu em Matemática e Estatística, pela Universidade Federal de Lavras. Professor adjunto da Faculdade de Minas – FAMINAS.
3. Bacharel em Fisioterapia pela Universidade Católica de Petrópolis – UCP, Especialista em Fisioterapia Respiratória em Terapia Intensiva pela Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva – ASSOBRAFIR, Mestranda em Educação e Promoção para a Saúde na Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro – UTAD em Portugal e, Docente da disciplina de Fisioterapia em Geriatria e Gerontologia da Faculdade de Minas – FAMINAS – Muriaé/MG.
Recebido: 31/03/2010
Aceito: 01/12/2010
Autor para correspondência: Rosimeire de Souza Huebra.
E-mail: rosimeirehuebra@yahoo.com.br