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Estudo Epidemiológico dos Distúrbios Ocupacionais Relacionados aos Membros Superiores nos Intérpretes de Surdos

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Estudo Epidemiológico dos Distúrbios Ocupacionais Relacionados aos Membros Superiores nos Intérpretes de Surdos

Epidemiologic Study of Occupational Disturbance Related to Deaf PeopleInterpreters’ Upper Limbs.

Eugênio da Silva Lima¹

O surdo utiliza a Língua de Sinais para sua comunicação, língua essa oficializada no Brasil em 2002. Como mediador do povo surdo com a comunidade ouvinte e devido às novas políticas publica de inclusão, a profissão de intérprete da língua de sinais tem estado em evidência

RESUMO

O surdo utiliza a Língua de Sinais para sua comunicação, língua essa oficializada no Brasil em 2002. Como mediador do povo surdo com a comunidade ouvinte e devido às novas políticas publica de inclusão, a profissão de intérprete da língua de sinais tem estado em evidência. Com isso tem-se constatado que esses profissionais utilizam repetitivamente o membro superior e regiões do tronco e quadril no processo de comunicação da língua e muitas vezes sem o devido preparo físico para esta prática, predispondo ao desenvolvimento de problemas músculos esquelético devido à alta repetitividade de movimentos, chamados de lesões por esforços repetitivos. O objetivo deste estudo foi analisar as possíveis causas e fatores dos distúrbios ocupacionais que afetam os profissionais intérpretes de Campo Grande, MS. Sendo estes avaliados através de um questionário especifico exame físico na região dos membros superiores, e por fi m uma avaliação postural, dinâmometria, goniometria e perimetria das estruturas acima referidas. Os resultados revelaram através do teste T-student e do qui-quadrado que os quadros de dores nos membros superiores acometiam principalmente 80% dos que trabalhavam há mais de Dois anos em região de ombro. Estes resultados sugerem que os fatores relacionados aos movimentos repetitivos em conjunto com posturas ergonomicamente incorretas, aumentam os riscos de distúrbios ocupacionais. Devido a esse fato observamos a necessidade de encaminhamentos futuros para se estabelecer protocolos de revenção ergonômica dentro das instituições onde trabalham os interpretes a fim de evitar o desenvolvimento de patologias relacionadas ao trabalho repetitivo.

Palavras-chave: Língua, Sinais, Membros superiores, Distúrbios ocupacionais.

ABSTRACT

The deaf use sign language for their communication, language such official in Brazil in 2002. As mediator of deaf people with hearing community and due to new public politics of inclusion, the profession of interpreter of sign language has been in evidence. With this has been observed that these professionals use the repetitive regions of the upper limb and trunk and hip in the process of language communication and often without proper physical preparation for this practice, predisposing to the development of skeletal problems due to high repeatability movements, called repetitive estrain injuries. The aim of this study was to analyze the possible causes and factors of occupational disorders that affect the professional interpretersof Campo Grande, MS. When evaluated through a specific questionnaire on physical examination of the upper region, and finally a postural assessment, dynamometry, goniometry and girth of the aforementioned structures. The results revealed by T-student test and chi-square tables in pain afflict mainly in the upper 80% of those who worked for more than two years in the shoulder region. These results suggest that factors related to repetitive movements in conjunction with ergonomically incorrect posture, increase the risks of occupational disorders. Because of this we see the need for future referrals to establish ergonomic prevention protocols within the institutions they work for the interpreters to avoid the development of diseases related to repetitive work.

Key words: Language, Sign, Upper limbs, Occupational disturbance.

Sobre o Autor

1. Graduado em Fisioterapia pela Universidade Para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal – UNIDERP – Campo Grande/MS.
Bacharel em Fisioterapia pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal – UNIDERP/ANHANGUERA – Campo Grande/MS, Licenciado em Biologia pelo Instituto Superior do Litoral do Paraná – ISULPAR – Paranagua/PR e
Especialista em Libras/Lingua Portuguesa: Educação Bilingue para Surdo pelo Instituto Paranaense de Ensino – IPE – Curitiba/PR.

Recebido: 07/2010
Aceito: 09/2010
Autor para correspondência: Eugênio da Silva Lima
E-mail: eugeniosilvalima@yahoo.com.br