Edição: 2011, Ed.5-SET-OUT
O sucesso do uso das técnicas de higiene brônquica está relacionado à indicação correta para cada paciente, em diferentes situações. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre o emprego das principais técnicas de higiene brônquica utilizadas na prática clínica de um Fisioterapeuta, e descrever os aspectos positivos ou negativos de cada técnica a partir dos resultados encontrados nos estudos selecionados pelos critérios de busca.
RESUMO
O sucesso do uso das técnicas de higiene brônquica está relacionado à indicação correta para cada paciente, em diferentes situações. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre o emprego das principais técnicas de higiene brônquica utilizadas na prática clínica de um Fisioterapeuta, e descrever os aspectos positivos ou negativos de cada técnica a partir dos resultados encontrados nos estudos selecionados pelos critérios de busca. Foi realizada revisão de literatura e incluídos artigos científicos publicados nas Bases de Dados Web of Science e Scielo entre os anos de 1980 a 2010, nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram encontrados 33 estudos pela estratégia de busca apresentada. Os estudos foram classificados como artigos de revisão de literatura (n=6); prospectivo, randomizado e cruzado (n=9); prospectivo, intervencionista e randomizado (n=5); experimental (n=1); prospectivo e intervencionista (n=11) e quase-experimental (n=1). As técnicas de hiperinsuflação manual e manobra Zeep promovem aumento da complacência pulmonar sem provocar alterações hemodinâmicas. Há melhora da oxigenação arterial após compressão torácica, drenagem postural e ciclo ativo da respiração. A aspiração com sistema aberto pode induzir a queda da oxigenação arterial, o aumento da pressão arterial sistólica e a maior proporção de pneumonia associada à ventilação mecânica. A técnica de ciclo ativo da respiração se mostrou tão eficiente quanto as técnicas de oscilação oral de alta frequência e drenagem postural no que se refere ao clearance de secreção pulmonar. A drenagem autógena foi considerada menos efetiva do que a drenagem postural para este mesmo parâmetro.
Palavras-chave: Modalidades de Fisioterapia; Ventilação Mecânica; Respiração com pressão positiva; Aspiração mecânica; Drenagem postural.
ABSTRACT
The successful use of bronchial hygiene is related to the correct indication for each patient in different situations. The aim of this study was to conduct a literature review on the use of the main bronchial hygiene techniques used in the clinical practice of a physiotherapist, and to describe the positive or negative aspects of each technique, from the results found in studies by the selected search criteria. A literature review was made and we have included scientific articles published in Databases Web of Science and SciELO between the years of 1980 to 2010, in Portuguese, English and Spanish. 33 studies were found presented by the search strategy. The studies were classified as literature review articles (n = 6), prospective, randomized trial (n = 9), prospective randomized intervention (n = 5), experimental (n = 1), prospective and interventional (n = 11) and quasi-experimental (n = 1). The techniques of manual hyperinflation and ZEEP maneuver increased lung compliance without causing hemodynamic changes. There is improvement in arterial oxygenation after chest compression, postural drainage and active cycle of breathing. The open system aspiration can induce a reduction of arterial oxygenation, increased systolic blood pressure and a higher proportion of ventilator-associated pneumonia. The active cycle of breathing technique has proved to be as efficient as the techniques of postural drainage and high frequency oral oscillation regarding the clearance of pulmonary secretions. The autogenic drainage was considered less effective than postural drainage for the same parameter.
Key Words: Physical Therapy Modalities; Respiration, Artificial; Positive-Pressure Respiration; Suction; Drainage, Postural.
SOBRE OS AUTORES
1. Fisioterapeutas. Especialistas em Fisioterapia Respiratória em Unidade de Terapia Intensiva Adultos, Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil.
2. Fisioterapeuta. Supervisora dos Cursos de Aprimoramento e Especialização em Fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva Adultos, Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil.
3. Fisioterapeuta. Coordenadora dos Cursos de Aprimoramento e Especialização em Fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva Adultos, Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil.
Recebido: 03/2011
Aceito: 07/2011
Autor para correspondência:Ana Isabela Morsch Passos
E-mail: isabela@fcm.unicamp.br