Edição: Ed.4-OUT/NOV/DEZ
A mobilização precoce em Unidade de Terapia Intensiva, tem o intuito de evitar o decúbito prolongado através de atividades terapêuticas.
Helton Eckermann da Silva1, Ana Rosa Shibata Molinari2, Danielle Lopes de Abreu3
A mobilização precoce em Unidade de Terapia Intensiva, tem o intuito de evitar o decúbito prolongado através de atividades terapêuticas. Este estudo teve como objetivo avaliar as práticas de mobilização precoce realizadas pelos fisioterapeutas no Hospital Municipal da Região de Joinville-SC. Trata-se de um estudo exploratório, restrospectivo, descritivo com desenho transversal, e com coleta de dados em prontuário eletrônico. A amostra foi composta por 209 pacientes de ambos os gêneros com mais de 18 anos internados por mais de 24h na UTI, no período entre março de 2015 e março de 2016. Os dados foram submetidos à medidas de dispersão e expressos como médias, desvio-padrão, frequência e porcentagem. Foi utilizado o teste t student para comparação de médias entre duas amostras pareadas. A média de idade foi de 50,83 ± 17,23 anos, as causas de admissão mais frequentes foram neurologia cirúrgica, distúrbios oncológicos, clínicos e situações de ortopedia e traumatologia, o tempo médio de internação foi de 18,24 ± 18,19 dias. As práticas de mobilização precoce mais frequentes foram cinesioterapia passiva, ativo-assitida, mudanças de decúbitos, sedestação, ativo livre, deambulação, ativo resistida, ortostatismo e cicloergômetro respectivamente. A cinesioterapia ativa foi a menos frequente entre as condutas de mobilização provavelmente devido ao quadro de fraqueza muscular e insuficiente nível de consciência da amostra, indicando um baixo status funcional de alta da UTI. A prática de sedestação foi mais realizada em indivíduos com maior tempo de ventilação mecânica provavelmente em desmame difícil. Sugere-se novos estudos com a inclusão de escalas de nível de consciência para se aferir a influência dessas variáveis sobre as práticas de mobilização precoce.
Palavras chaves: Mobilização precoce, Unidade de terapia intensiva (UTI), Fisioterapia, Paciente crítico.
The early mobilization in intensive care unit, aims to avoid prolonged decubitus through therapeutic actvities. This study aimed to evaluate the early mobilization practices carried out by physiotherapists at the Municipal Hospital in Joinville-SC. This is an exploratory, retrospective, descriptive study with cross-sectional design, with electronic medical records in data collection. The sample consisted of 209 patients of both genders over 18 years admitted more than 24 hours in the ICU, in the period between March 2015 and March 2016. The data were analyzed with frequency measures and expressed as percentages, we used the T Student test to compare means between two paired samples. The average age was 50.83 ± 17.23 years; the most frequent causes of admission were surgical neurology, oncology disorders, and clinical situations of orthopedics and traumatology; the average length of stay was 18.24 ± 18.19 days. The most common early mobilization practices were passive kinesiotherapy, active-assisted, decubitus changes, sedestation, free asset, ambulation, weathered active, orthostatic and cycle ergometer respectively.The active kinesiotherapy was less frequent among the mobilization ducts probably due to the frame muscle and insufficient level of the sample awareness weakness, indicating a low functional status of the ICU. The practice of sitting position was more accomplished in individuals with higher mechanical ventilation time probably difficult weaning. It suggests further studies with the inclusion of conscience level scales to assess the influence of these variables on early mobilization practices.
Keywords: Early mobilization, Intensive care unit (ICU), Physiotherapy, critical patients.
Helton Eckermann da Silva1, Ana Rosa Shibata Molinari2, Danielle Lopes de Abreu3
Helton Eckermann da Silva
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