Jean Vanderlan Müller1, Norma Beatriz Diaz Rangel2, Letícia Cardoso Rodrigues3
1 Residente Multiprofissional em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital Governador Celso Ramos, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil;
2 Fisioterapeuta do Hospital Governador Celso Ramos, Preceptora da Residência Multiprofissional em Neurologia e Neurocirurgia, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil;
3 Fisioterapeuta do Hospital Governador Celso Ramos, Preceptora da Residência Multiprofissional em Neurologia e Neurocirurgia, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
Autor correspondente:
Jean Vanderlan Müller (R. Irmã Benwarda, s/n – Centro, Florianópolis – SC, 88015-270. E-mail: jeanmuller.fisio@gmail.com)
Edição: 2022, ED-4-OUT-NOV-DEZ
Resumo
Na fase aguda do Acidente Vascular Cerebral (AVC) muitos indivíduos permanecem acamados e inativos, apesar dos benefícios promovidos pela atividade física. O objetivo deste estudo foi avaliar o nível de atividade física de pacientes com AVC durante a internação hospitalar. A amostra foi composta de 10 indivíduos com AVC com incapacidade leve a moderadamente grave, internados na enfermaria de Neurologia. Os indivíduos foram avaliados através da Postural Assessment Scale (PASS), Escala de Rankin Modificada, e por um diário de atividades, em que se registrou data, tempo e atividade realizada. As atividades registradas no diário foram classificadas de 1 a 4, com menor pontuação para atividades restritas ao leito, e maior para atividades fora do leito. Os participantes foram agrupados de acordo com a Escala de Rankin Modificada, em grupo 1: nenhuma/leve deficiência, e grupo 2: deficiência moderada ou grave. Alguns indivíduos registraram atividades nos níveis 1, 2 e 4 (nenhuma, pouca e alta atividade física), mas não no nível 3 (moderada atividade), que inclui atividades como sedestação na poltrona e na beira do leito. Houve predomínio de atividades nos níveis 1 e 2 em ambos os grupos. Observou-se que independentemente do grau de incapacidade, o nível de atividade permaneceu baixo, ou seja, os indivíduos passaram a maior parte do tempo restritos ao leito e em sedestação no leito. Sugere-se que estudos futuros investiguem as barreiras na atividade física, e que se invista em treinamentos de equipe e criação de protocolos de mobilização durante a fase aguda do AVC.
Palavras-chave: Atividade física, AVC, Incapacidade, Hospital.
Abstract
In the acute phase of stroke many individuals remain bedridden and inactive, despite the benefits promoted by physical activity. The aim of this study was to evaluate the level of physical activity of stroke patients during hospitalization. The sample consisted of 10 stroke patients with mild to moderately severe disability, admitted to the Neurology ward. Individuals were evaluated using the Postural Assessment Scale (PASS), Modified Rankin Scale, and an activity diary, in which date, time and activity performed were recorded. The activities recorded in the diary were classified from 1 to 4, with a lower score for activities restricted to bed, and a higher score for activities outside the bed. Participants were grouped according to the Modified Rankin Scale, into group 1: no/mild disability, and group 2: moderate or severe disability. Some individuals registered activities at levels 1, 2 and 4 (no, little and high physical activity), but not at level 3 (moderate activity), which includes activities such as sitting in an armchair and at the edge of the bed. There was a predominance of activities at levels 1 and 2 in both groups. It was observed that, regardless of the degree of disability, the level of activity remained low, that is, the individuals spent most of their time confined to bed and sitting in bed. It is suggested that future studies investigate the barriers to physical activity, and invest in team training and the creation of mobilization protocols during the acute phase of stroke.
Keywords: Physical Activity, Stroke, Disability, Hospital.