×

A UTILIZAÇÃO DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR NO PACIENTE CRÍTICO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Edição: ,

A UTILIZAÇÃO DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR NO PACIENTE CRÍTICO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Devido à crescente e constante evolução tecnológica e científica da medicina intensiva, a sobrevida dos pacientes críticos vem aumentando consideravelmente.

The use of electrical stimulation neuromuscular in critical patient: a lite- rature review
Juliana de paiva bolzan1, Vívian da pieve antunes2
RESUMO
Introdução: Devido à crescente e constante evolução tecnológica e científica da medicina intensiva, a sobrevida dos pacientes críticos vem aumentando consideravelmente. Dentre as complicações decorrentes da permanência prolongada, a fraqueza muscular adquirida é uma complicação neuromuscular que acomete entre 30% a 60% dos pacientes internados nestas unidades. Entre as técnicas utilizadas pelos fisioterapeutas, a estimulação elétrica neuromuscular (EENM) tem sido utilizada, a fim de manter ou evitar a atrofia muscular.Objetivo: revelar as evidências científicas sobre a utilização da EENM em pacientes críticos internados nas unidades de terapia intensiva (UTIs). Método: trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, com ensaios clínicos randomizados, publicados na língua portuguesa, inglesa ou espanhola. Os critérios de inclusão foram: pacientes de ambos os gêneros, com idade superior a 18 anos, internados em UTIs, sob o uso de ventilação mecânica invasiva (VMI) que utilizaram a EENM.Resultados: Foram encontrados 5 artigos de ensaio clínico randomizado. A presente revisão bibliográfica ob- servou que os pacientes críticos assistidos em UTIs, obtiveram uma resposta benéfica ao tratamento fisioterapêutico, mediante aplicação de modalidades de EENM. Pôde-se constatar também que, dentre os estudos que utilizaram a EENM, obtiveram resultados satisfatórios aqueles realizados tardiamente, com pacientes mais crônicos e debilitados, visando ao aumento da massa muscular.Conclusão: a aplicação da EENM nos membros inferiores pode atuar na recuperação de músculos enfraquecidos ou retardar o processo de perda de massa muscular, no entanto, os parâmetros publicados encontrados não foram suficientes para sistematizar a técnica.
Palavras-Chave:  “Mobilização Precoce”1, “Fisiotera- pia”2, “Estimulação Elétrica”3, “Doença Terminal”4.
ABSTRACT
Introduction: Due to the increasing and constant technolo- gical and scientific developments in intensive care, the survival of critically ill patients has increased considerably. Among the complications of prolonged stay, gained muscle weakness is a neuromuscular disorder that affects between 30 % to 60 % of hospitalized patients in these units. Among the techniques used by physical therapists , neuromuscular electrical stimulation ( NMES ) has been used in order to maintain or prevent atrophy muscular.Goal: reveal the scientific evidence on the use of NMES in hospitalized critically ill patients in intensive care units ( ICUs . ).Method: This is a study of the literature review where randomized clinical trials published in Portuguese , English or Spanish . Inclusion criteria were patients of both genders, aged 18 years, ICU , under invasive mechanical ventilation (IMV ) that used EENM.Result: 5 items found randomized clinical trial . This literature review noted that critical patients treated in ICUs, obtained a beneficial response to physical therapy, by applying methods of NMES. It might also be noted that among the studies using NMES, with satisfactory results, those perfor- med later , with more chronic and debilitated patients , aiming to increase mass muscular.Conclusion: the application of NMES in the lower limbs can act on recovery weakened muscles or slow the process of muscle loss, however, the published parameters found were not sufficient to systematize the technique.
Keywords: “Early Mobilization”1, “Physiotherapy”2, “Electrical Stimulation”3, “Terminal Illness”4.
SOBRE O AUTOR
1. Fisioterapeuta formada pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA/ Santa Maria/ Rio Grande do Sul/ Brasil), Pós-graduada em Fisioterapia em Terapia Intensiva (Faculdade Inspirar/Balneário Camboriu/SC);

2. Especialista em Fisioterapia Neurofuncional pelo Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista – Faculdade de Ciências da Saúde – IPAIM/(2001); Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal – Assobrafir/(2012). Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana na UFSM. Professora no Centro Universitário Franciscano.
AUTOR CORRESPONDENTE
Juliana de Paiva Bolzan; bolzan.fisio@gmail.com Vívian da Pieve Antunes ; vdfisio@hotmail.com