Giuliana Pietra Giroto¹, Renata Batista¹, Tainá de Lima Costa¹
,Carina Mesquita2
, Juliana Aparecida Boaretto3
, Carla Dellabarba Petricelli3.
1 Curso de Fisioterapia da Universidade de São Caetano do Sul (USCS) – São Caetano do Sul (SP), Brasil.
2 Fisioterapeuta, Mestre e docente em reabilitação pélvica da Faculdade Inspirar- São Paulo (SP), Brasil.
3 Professoras do curso de Fisioterapia da Universidade de São Caetano do Sul (USCS) – São Caetano do Sul
(SP), Brasil.
¹,²Universidade de São Caetano do Sul, Endereço: Rua Santo Antônio, 50 – Centro – São Caetano do Sul,
Telefone: (11) 4239-3282, Endereço eletrônico: giuliana_giroto@outlook.com
Autor Correspondente:
Giuliana Pietra Giroto
Universidade de São Caetano do Sul
Endereço: Rua Santo Antônio, 50 – Centro – São Caetano do Sul
Telefone: (11) 4239-3282
Endereço eletrônico: giuliana_giroto@outlook.com
Edição: 2023, ED-1-JAN-FEV-MAR, ED-1-JAN-FEV-MAR
RESUMO
Introdução: Para manter a estabilidade e controle esfincteriano diante de mudanças
posturais que alteram a pressão intra-abdominal, é necessária sinergia muscular
envolvendo diafragma, músculos abdominais e assoalho pélvico. Objetivo: Analisar
a ação que a força muscular diafragmática e força muscular abdominal exercem
sobre a ativação da força muscular perineal em ortostatismo e litotomia, e se houve
diferença entre essas posturas. Método: Estudo transversal e observacional, com
mulheres nuligestas e hígidas. Foram coletados dados demográficos, realizadas
avaliação da força muscular diafragmática: pressão inspiratória máxima (PImáx),
força muscular abdominal: pressão expiratória máxima (PEmáx), contratilidade
perineal e análise da contração voluntária máxima (CVM) do assoalho pélvico.
Resultados: Participaram 11 mulheres, com média de idade de 25,3± 4,80 anos e índice de massa corpórea de 23,9±2,9 Kg/m2. Dessas, nove (82%), encontravam-se na faixa etária de 20 a 29 anos e apresentaram média de PImáx de -91,7 ±
13.9 cmH2O e média de PEmáx de 90 ± 21,2cmH2O. Duas participantes (9%),
estavam na faixa etária de 30 a 39 anos e obtiveram média de PImáx de -105 ±
7cmH2O e média de PEmáx de 95 ±55 cmH2O. A contratilidade perineal média
foi de 3,18±0,75 grau e a CVM média em litotomia foi de 132±39 mmHg e a
média em ortostatismo foi de 140±40,7 mmHg. Nas comparações entre CVM em
ortostatismo e litotomia, houve diferença significativa (p=0,009), no entanto não
houve diferença significativa entre PImáx e PEmáx em litotomia e ortostatismo.
Conclusão: O presente estudo mostra a necessidade da prescrição de exercícios
de fortalecimento do assoalho pélvico, utilizando-se de mudanças posturais. Novos
estudos podem elucidar efeitos da ação conjunta toracoabdominal.
Palavra-chave: diafragma, diafragma da pelve, músculos abdominais, força
muscular, eletromiografia
ABSTRACT
Introduction: To maintain stability and sphincter control in the face of postural changes that
alter intra-abdominal pressure, muscle synergy involving the diaphragm, abdominal muscles and
pelvic floor is necessary. Objective: To analyze the action that diaphragmatic muscle strength
and abdominal muscle strength exert on the activation of perineal muscle strength in orthostatism
and lithotomy, and whether there was a difference between these postures. Method: Cross-sectional and observational study, with nulliparous and healthy women. Demographic data were
collected, diaphragmatic muscle strength was assessed: maximum inspiratory pressure, abdominal
muscle strength: maximum expiratory pressure, perineal contractility and analysis of the maximum voluntary contraction (MVC) of the pelvic floor. Results: 11 women participated, with
a mean age of 25.3± 4.80 years and a body mass index of 23.9±2.9 kg/m2. Of these, nine
(82%) were aged between 20 and 29 years and had mean MIP of -91.7 ± 13.9 cmH2O and
mean MEP of 90 ± 21.2 cmH2O. Two participants (9%) were aged between 30 and 39 years
and had mean MIP of -105 ± 7cmH2O and mean MEP of 95 ±55 cmH2O. Mean perineal
contractility was 3.18±0.75 degrees and mean MVC in lithotomy was 132±39 mmHg and
mean in orthostatism was 140±40.7 mmHg. In the comparisons between MVC in orthostatism
and lithotomy, there was a significant difference (p=0.009), however there was no significant difference between MIP and MEP in lithotomy and orthostatism. Conclusion: The present study
shows the need to prescribe pelvic floor strengthening exercises, using postural changes. New studies
may elucidate the effects of the thoracoabdominal joint action.
Keywords: diaphragm, pelvic diaphragm, abdominal muscles, muscle strength, electromyography.