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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DIÁRIA DE PACIENTES COM DPOC.

Juliana Albuquerque Sampaio1, Rejanny Duque Thomaz Garcia2, Marcelo Fouad Rabahi3, Krislainy de Sousa Corrêa4.

1- Acadêmica de fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Brasil.

2- Mestre em Atenção à Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia (GO), Brasil.

3- Doutor. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Goiás, Goiânia (GO), Brasil.

4- Doutora. Professora do Programa de Mestrado em Atenção à Saúde da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia (GO), Brasil.

 

Endereço para correspondência:

Juliana Albuquerque

Av. T-4, 800, Setor Bueno – Goiânia (GO), Brasil, CEP: 74230-030. E-mail: julianaalbuquerquejas@gmail.com

 

 

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Resumo

A DPOC causa diminuição da funcionalidade e da força muscular, além de favorecer a redução da capacidade de exercício, o que gera inatividade física e influencia diretamente na qualidade de vida dos pacientes. O objetivo é avaliar a qualidade de vida e nível de atividade física diária de pacientes com DPOC. Trata-se de um estudo transversal descritivo, realizado em uma clínica de pneumologia em Goiânia-GO. Aplicou-se o questionário AQ20 para avaliar a qualidade de vida (maior escore, pior QV) e utilizou-se o pedômetro durante quatro dias para avaliar o nível de atividade física por meio da média de número de passos. Contou com 70 indivíduos adultos com média de idade 72,96 ±7,46 anos, com DPOC, que mostraram em sua maioria (60%) como severamente inativos  e com qualidade de vida satisfatória (8,37±4,32 pontos). Observou-se que número de passos está correlacionado a idade (r=-0,59, p<0,001), dispneia (r=-0,53, p<0,001) e qualidade de vida (r= -0,41, p<0,001). Já a qualidade de vida mostrou correlação com dispneia (r=0,65, p<0,001), entende-se que quanto maior a média de passos diários, melhor a qualidade de vida. Conclui-se, portanto, que predomina a inatividade física severa entre os pacientes com DPOC e que andar menos esteve associado com maior idade, maior índice de dispneia e diminuição da qualidade de vida, enquanto a pior qualidade de vida associou-se com maior dispneia.

Descritores: Inatividade física, Qualidade de vida, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.

 

Abstract

COPD causes decreased functionality and muscle strength, in addition to favoring the reduction of exercise capacity, which generates physical inactivity and directly influences the quality of life of patients. The objective is to evaluate the quality of life and level of daily physical activity of patients with COPD. This is a descriptive cross-sectional study carried out in a pulmonology clinic in Goiânia-GO. The AQ20 questionnaire was applied to assess the quality of life and the pedometer was used for four days to assess the level of physical activity. It had 70 adult individuals with a mean age of 72.96 ±7.46 years, with COPD, who were mostly severely inactive (60%) and with satisfactory quality of life (8.37±4.32 points). It was observed that the level of daily physical activity is associated with age (r=-0.59, p<0.001), dyspnea (r=-0.53, p<0.001) and quality of life (r= -0, 41, p<0.001). On the other hand, quality of life showed a correlation with dyspnea (r=0.65, p<0.001), it is understood that the lower the activity level, the higher the quality of life. It is concluded, therefore, that severe physical inactivity predominates among COPD patients and that walking less was associated with older age, higher dyspnea index and decreased quality of life, while worse quality of life was associated with greater dyspnea .

Descriptors: Physical inactivity, Quality of life, Chronic Obstructive Pulmonary Disease.