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CAPACIDADE FUNCIONAL E RISCO DE QUEDAS EM INDIVÍDUOS DIABÉTICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE

Juliana Almeida Burgarelli¹, Mariana Saory da Silva Ivata¹, Leticia Dotto¹, Bruno Martinelli¹, Camila Gimenes¹.

¹Centro Universitário Sagrado Coração – UNISAGRADO – Bauru SP Brasil.

Autor para Correspondência

Juliana Almeida Burgarelli – burgarellijuliana@gmail.com

Edição:

Resumo

Introdução: Diversas são as alterações nos pacientes com Diabetes Mellitus (DM) em fase de hemodiálise (HD), e estas estão diretamente ligadas à doença e ao tratamento. Objetivo: Avaliar a capacidade funcional e risco de quedas de pacientes com Diabetes Mellitus submetidos à hemodiálise. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com doentes renais crônicos, DM tipo 2, de ambos os sexos, em uso do Centro de Hemodiálise do Hospital Estadual de Bauru (HEB) e do Hospital de Base de Bauru, São Paulo, Brasil. Foram coletados os seguintes dados na forma de entrevista dirigida: sexo, idade, cor da pele, escolaridade, situação conjugal, estilo de vida, uso de medicamentos, histórico familiar de DM, comorbidades e complicações do DM. Foram realizados testes para avaliação da mobilidade funcional (TUG) e resistência muscular de membros inferiores (teste de sentar e levantar). Estatística: Foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade dos dados, que foram apresentados de forma descritiva em média e desvio-padrão e frequências absoluta (n) e relativa (%). A Correlação Linear de Pearson associou resistência muscular com mobilidade funcional (p<0,05). Resultados: Foram estudados 71 pacientes, idade 60 ± 11 anos, 63,3 % eram do sexo masculino, 85,91% com hipertensão arterial e o IMC 29,2 ± 5,97 kg/m². De acordo com a mobilidade funcional 49,31% apresentaram médio risco de quedas. A incapacidade funcional estava presente em 69% dos homens e 61,54% das mulheres. Houve correlação negativa entre mobilidade funcional e resistência muscular de membros inferiores (p=0,001). Conclusão: A maior parte dos diabéticos em hemodiálise apresenta médio risco de quedas e incapacidade funcional e quanto melhor a resistência muscular melhor a mobilidade funcional.

Palavras chave: Diabetes Mellitus; Doença Renal Crônica; Mobilidade           Funcional e Resistência Muscular.

 

Abstract

Introduction: There are several changes in patients with diabetes mellitus (DM) undergoing hemodialysis (HD), and these are directly linked to the disease and treatment. Objective: To evaluate and correlate functional mobility and lower limb muscle endurance of patients with diabetes mellitus undergoing hemodialysis. Methods: This was a cross-sectional study involving chronic renal failure patients with type 2 DM, of both sexes, from the Hemodialysis Center of Bauru State Hospital (HEB) and Bauru Base Hospital, São Paulo, Brazil. The following data were collected as directed interviews: gender, age, skin color, education, marital status, lifestyle, medication use, family history of DM, comorbidities and complications of DM. Tests were performed to assess functional mobility (TUG) and lower limb muscle endurance (sitting and standing test). Statistics: The Kolmogorov-Smirnov test was used to verify the normality of the data, which were presented descriptively as mean and standard deviation and absolute (n) and relative (%) frequencies. Pearson’s Linear Correlation associated muscle endurance with functional mobility. Results: We studied 71 patients, age 60 ± 11 years, 63.3% were male, 85.91% with arterial hypertension and BMI 29.2 ± 5.97 kg / m². According to functional mobility 49.31% had a medium risk of falls. Functional disability was present in 69% of men and 61.54% of women. There was a negative correlation between functional mobility and lower limb muscle endurance (p = 0.001). Conclusion: Most individuals had a medium risk of falls and functional disability. There was statistical significance and the better the muscular endurance the better the functional mobility.

Key words: Diabetes Mellitus; Chronic kidney disease; Functional mobility and muscular endurance.