Natália Trindade Viana ¹, Maria Valdeleda Uchoa Moraes Araújo ²
¹ Centro Universitário Christus, Fortaleza/ CE, Brasil
² Universidade de Fortaleza, Fortaleza/CE, Brasil
Nataliatrindade1998@outlook.com
Edição: 2022, ED-4-OUT-NOV-DEZ
RESUMO
Até os anos 80 acreditava-se que o recém-nascido prematuro não sentia dor devido à imaturidade do seu sistema neurológico, atualmente, sabe-se que ele responde a dor e de forma mais intensa, comparado aos recém-nascidos a termo, e por não conseguir verbaliza-la é importante uma boa avaliação pelo fisioterapeuta na unidade neonatal. Esse estudo tem como objetivo avaliar o conhecimento da dor na perspectiva do fisioterapeuta na unidade de terapia intensiva neonatal. Trata-se de um estudo transversal, de caráter quantitativo, realizado entre setembro a outubro de 2021 em uma maternidade de referência no Ceará. Os dados foram coletados através de um formulário online. Ao todo, 32 fisioterapeutas responderam ao questionário. Todas as profissionais consideram que o recém-nascido prematuro sente dor, sendo que 20 fisioterapeutas reconhecem o quadro a partir da expressão facial (62.5%). Além disso, 18 (57,8%) profissionais conhecem ao menos uma escala de avaliação, sendo a Neonatal Infant Pain Scale a mais conhecida por 21 fisioterapeutas (66,7%). A conduta apontada pelas profissionais (20) considerada de maior importância para amenizar a dor foi à racionalização das manipulações e uso de meios não farmacológicos (62,5%), porém 26 fisioterapeutas utilizam à mudança de decúbito (81,3%) na prática clínica. Conclui-se que as fisioterapeutas reconhecem o quadro de dor no recém-nascido prematuro e o sinal mais apontado entre elas, é a expressão facial. Além disso, a Neonatal Infant Pain Scale foi a escala mais identificada entre as profissionais. Por fim, as fisioterapeutas utilizam na prática clínica a mudança de decúbito como estratégia para a redução do quadro álgico.
Palavras-chave: dor, prematuridade, fisioterapia, recém-nascido.
ABSTRACT
Until the 1980s, it was believed that premature newborns did not feel pain due to the immaturity of their neurological system, currently, it is known that they respond to pain more intensely, compared to full-term newborns, and for not being able to verbalize it is important for a good assessment by the physiotherapist in the neonatal unit. This study aims to evaluate pain knowledge from the perspective of physical therapists in the neonatal intensive care unit. This is a cross-sectional, quantitative study, carried out between September and October 2021 in a reference maternity hospital in Ceará. Data were collected through an online form. In all, 32 physical therapists answered the questionnaire. All professionals believe that premature newborns feel pain, with 20 physiotherapists recognizing the condition based on their facial expression (62.5%). In addition, 18 (57.8%) professionals know at least one assessment scale, the NeonatalInfantPainScale being the best known by 21 physical therapists (66.7%). The conduct indicated by the professionals (20) considered of greatest importance to alleviate pain was the rationalization of manipulations and the use of non-pharmacological means (62.5%), but 26 physiotherapists use the position change (81.3%) in practice clinic. It is concluded that physical therapists recognize pain in premature newborns and the most common sign among them is the facial expression. In addition, NeonatalInfantPainScale was the most identified scale among professionals. Finally, physical therapists use in clinical practice the change of position as a strategy to reduce pain.