Edição: 2011, Ed.4-JUL-AGO
Pacientes com Acidente Vascular Encefálicos (AVE) podem precisar de ventilação mecânica (VM) na fase aguda ou crônica da doença e em VM podem apresentar alterações na mecânica respiratória. As técnicas da fisioterapia respiratória devem ser aplicadas nos paciente em VM com objetivo de melhorar a mecânica respiratória.
RESUMO
Pacientes com Acidente Vascular Encefálicos (AVE) podem precisar de ventilação mecânica (VM) na fase aguda ou crônica da doença e em VM podem apresentar alterações na mecânica respiratória. As técnicas da fisioterapia respiratória devem ser aplicadas nos paciente em VM com objetivo de melhorar a mecânica respiratória. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da Fisioterapia Respiratória sobre a complacência dinâmica (Cdin), complacência estática (Cest) e a resistência da via aérea (Rwa) de pacientes com AVE em VM. Para isso, foram avaliados pacientes com diagnóstico de AVE em VM, antes e após a aplicação de técnicas fisioterapêuticas (compressão torácica, descompressão torácica abrupta, pressão expiratória final zero e aspiração). As variáveis estudadas foram a Cdin, Cest e Rwa. Análise Estatística foi realizada utilizando o Teste T pareado com significância de 5%. Participaram da pesquisa 11 pacientes com idade média de 64,55±12,50 anos. A Cdin aumentou significativamente após a fisioterapia respiratória de 29,3±16,1 ml/cmH2O para 33,8±16,7 ml/cmH2O (p=0,03), assim como, a Cest que aumentou de 44,4±20,7 ml/cmH2O para 54,0±26,6 ml/cmH2O (p=0,024). Na Rwa não houve diferença entre os momentos (antes – 8,0±3,2 cmH2O/l/s; após – 7,3±2,25 cmH2O/l/s; p=0,45). Pode-se concluir que a Fisioterapia Respiratória aumentou a complacência dinâmica e a complacência estática, e não alterou a resistência da via aérea em pacientes com acidente vascular encefálico submetidos à ventilação mecânica.
Palavras-chave: Fisioterapia; Mecânica respiratória; Respiração artificial; Terapia respiratória;
ABSTRACT
Patients who went through a Stroke may require mechanical ventilation (MV) in the acute phase of the disease and, on MV, they may show alterations in the respiratory mechanic. Physiotherapy techniques are applied in patients on MV to improve their respiratory mechanic. Thus, the purpose of this study was to evaluate the effects of the Respiratory Physiotherapy into the dynamic compliance (Cdyn), static compliance (Cst) and airway resistance (Rwa) in Stroke patients on MV. In order to do that, patients with Stroke diagnostic on MV were evaluated, before and after the use of Physiotherapy techniques (manual rib-cage compression, thoracic decompression, zero end expiratory pressure and suctioning). Cdyn, Cst and Rwa were the researched variables. Statistical Analysis was made using Paired T-Test with statistical significance with p-values no greater than 5%. Eleven patients were part of the study, with an average of 64,6±12,5 years old. Cdyn increased after physiotherapy from 29,3±16,1 ml/cmH2O to 33,8±16,7 ml/cmH2O (p=0,03). Cst also increased from 44,4±20,7 ml/cmH2O to 54,0±26,6 ml/cmH2O (p=0,024). No significant difference was detected for Rwa between the before and after moments (Before – 8,0±3,2 cmH2O/l/s, After – 7,3±2,25 cmH2O/l/s; p=0,45). It was possible to conclude that both dynamic and static compliance increased after physiotherapy, but the airway resistance did not increase in patients with stroke on mechanical ventilation.
Key-words: Physiotherapy; Respiration Artificial; Respiratory mechanics; Respiratory therapy
Sobre os Autores
1. Doutor, Professor do Curso de Fisioterapia da UNESP de Marília;
2. Fisioterapeuta formada pela Faculdade Anhanguera de Bauru;
3. Fisioterapeuta formada pela Faculdade Anhanguera de Bauru;
Recebido: 03/2011
Aceito: 06/2011
Autor para correspondência: Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin
Email: aleambrozin@gmail.com.br