Camila Andrade Da Silva¹*, Clesnan Mendes-Rodrigues², Nayara Yamada Tamburus3, Erica Carolina Campos3
1Graduanda em Fisioterapia na Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, Universidade Federal de Uberlândia – Uberlândia (MG), Brasil.
2Professor Doutor Curso de Enfermagem, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia – Uberlândia (MG), Brasil.
3Professora Doutora da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, Universidade Federal de Uberlândia – Uberlândia (MG), Brasil.
*Camila Andrade da Silva.
E-mail: camilaandrade998@gmail.com Rua Plutão, 631, Jardim Brasília, 38401-394 – Uberlândia, MG, Brasil
Telefone: (34) 98815-9324
Edição: 2022, ED-3-JUL-AGO-SET
RESUMO
O conhecimento das doenças cardiovasculares e os hábitos de vida que priorizam a saúde das mulheres são importantes, porém, a pandemia de COVID-19 e o isolamento social impactaram nas suas rotinas. Objetivou-se avaliar o conhecimento dos fatores de risco cardiovasculares e a influência das medidas de isolamento sobre a prática de atividade física de trabalhadoras de uma Universidade Federal. Estudo transversal com aplicação de questionário online semiestruturado elaborado pelos autores. Foram coletadas 387 respostas de participantes com idade média de 42,58±1,43 anos, das quais se observou-se que 82% sabiam o que era doença arterial coronariana; 98 a 99% das mulheres reconheceram que alimentação, gordura abdominal, tabagismo e estresse emocional são fatores de risco para doença cardiovascular; 99% das mulheres também reconheceram que as doenças cardiovasculares podem ser prevenidas. Em relação ao nível de atividade física, 39% foram classificadas em baixo nível, sendo que 22% referiram que o isolamento afetou negativamente a rotina de atividade física, 33% relataram que já não eram ativas antes da pandemia e 42% relataram que a motivação para atividade física foi menor no período de isolamento. Apesar do conhecimento satisfatório sobre os fatores de risco cardiovasculares, a inatividade física já acometia parte das entrevistadas e as que eram ativas realizavam baixo nível de atividade, sentindo o impacto negativo do isolamento social sobre a rotina de exercícios.
Palavras-chave: atividade física; isolamento social; COVID-19; doença arterial coronária; fatores de risco cardiovasculares;
ABSTRACT
Knowledge of cardiovascular diseases and lifestyle habits that prioritize women’s health are important, however, the COVID-19 pandemic and social isolation impacted their routines. The objective was to evaluate the knowledge of cardiovascular risk factors and the influence of isolation measures on the practice of physical activity of female workers at a Federal University. Cross-sectional study with application of a semi-structured online questionnaire developed by the authors. A total of 387 responses were collected, including participants with a mean age of 42.58±1.43 years, of which it was observed: 82% knew what coronary artery disease was; 98 to 99% of women recognized that diet, abdominal fat, smoking and emotional stress are risk factors for cardiovascular disease; 99% of women also recognized that cardiovascular disease can be prevented. Regarding the level of physical activity, 39% were classified as low, with 22% reporting that isolation negatively affected their physical activity routine, 33% reported that they were no longer active before the pandemic and 42% reported that motivation for physical activity was lower in the isolation period. Despite the satisfactory knowledge about cardiovascular risk factors, physical inactivity already affected part of the interviewees and those who were active performed a low level of activity, feeling the negative impact of social isolation on the exercise routine.
Key-words: physical activity; social isolation; COVID-19; coronary artery disease; Heart Disease Risk Factors;