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As Influências das Diferentes Classificações de Índices de Massa Corporal nos Limiares de Desconforto Térmicos

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As Influências das Diferentes Classificações de Índices de Massa Corporal nos Limiares de Desconforto Térmicos

The influences of the different classifications of body mass index in thermal discomfort thresholds

Marden Junio Sousa Ferreira1, Rodrigo Luis Ferreira da Silva2

RESUMO

O objetivo deste estudo foi determinar a influência das diferentes classificações de IMC sobre os limiares de desconforto térmico, mediante as aplicações de calor radiante (calor seco) e de calor convectivo (calor úmido).Para alcançar este objetivo foram utilizados 100 indivíduos, distribuídos em 3 grupos de acordo com sua classificação de IMC (acima do normal, normal e abaixo do normal). Após a alocação dos indivíduos foram desenvolvidos dois testes, o teste radiante (infravermelho) e o teste convectivo (imersão em água morna) durante estes testes foram coletado as seguintes variáveis: temperatura de desconforto (graus Celsius), tempo de exposição do indivíduo ao calor (segundos) e nível de desconforto pela escala analógica (centímetros). Seus resultados receberam comparação estatística de análise de variância pelo teste de Kruskal Wallis (p<0.05). Os valores encontrados mostram que a temperatura média variou entre 38.610C e 39.780C, no teste radiante e de 37.990C à 38.680C no teste convectivo. O tempo de exposição variou de 10.11 à 15.88 segundos no teste com o infravermelho e de 110.33 à 125.05 segundos, no teste de imersão. Os valores do nível de desconforto ficaram entre 3.46cm à 4.4cm no teste radiante e de 2.63cm à 3.22cm no teste convectivo. Quando comparada as três variáveis estudadas confrontando as diferentes classificações de IMC não houve variações significativas. Pode-se concluir que os diferentes níveis de IMC não exerceram influência sobre os limiares de desconforto térmico, não devendo esta variável (IMC) ser considerada para o estabelecimento de parâmetros de aplicação termoterapêutica em serviços de fisioterapia.

Palavras-chave: Índice de massa corporal; termoterapia; termorreceptores.

ABSTRACT

The aim of this study was to determine the influence of the different classifications of BMI on the threshold of thermal discomfort through the applications of radiant heat (dry heat) and convective heat (moist heat). To achieve this objective we have studied 100 patients divided into three groups according to their classification of BMI (overweight, normal weight and underweight). After the allocation of individuals there developed two tests, the radiant test (infrared) and convective test (immersion in warm water). During these tests the following variables were collected: temperature of discomfort (degrees Celsius), the time of the individual’s exposure to heat (seconds), and the discomfort level by analog scale (centimeters). Their results received statistical comparison of analysis of variance by Kruskal Wallis (p <0.05). The values found show that the average temperature ranged from 38.610C to 39.780C in the radiant test and 37.990C to 38.680C in the convective test. The exposure time ranged from 10.11 to 15.88 seconds in the test that used infrared, and 110.33 to 125.05 seconds in the immersion test. The values of the level of discomfort ranged from 4.4cm to 3.46cm in the radiant test and 2.63cm and 3.22cm in the convective test. When the three studied variables were compared and confronted by different classifications of BMI, they did not change significantly. It can be concluded that the different classifications of BMI had no influence on the thresholds of thermal discomfort, however this variable (BMI) cannot be considered for the establishment of application parameters thermotherapeutic in physical therapy services.

Keywords: Body mass index, thermotherapy, thermoreceptors.

SOBRE OS AUTORES

1 – Fisioterapeuta formado pela Universidade do Estado do Pará. Pós-graduando em Fisioterapia Traumatológica Ortopédica e Desportiva pelo Centro de Estudos de
Pesquisa e Extensão em Saúde Inspirar.
2 – Fisioterapeuta professor da Universidade do Estado do Pará. Mestre em Motricidade Humana pela Universidade Castelo Branco-RJ. Doutorando em Doenças Tropicais pela Universidade Federal do Pará.

Recebido: 10/2011
Aceito: 01/2012
Autor para correspondência:
Marden Junio Sousa Ferreira
E-mail: mardenjunio@gmail.com