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Resposta Cardiorrespiratória ao Exercício com Flutter VRP1® com Diferentes Níveis de Pressão Expiratória em Pacientes com DPOC

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Resposta Cardiorrespiratória ao Exercício com Flutter VRP1® com Diferentes Níveis de Pressão Expiratória em Pacientes com DPOC

Cardiorespiratory Response to Flutter VRP1® Exercise with Different Levels of Expiratory Pressure in COPD Patients

 
Joana Tambascio¹, Renata Hiromi Ogata Mitsui², Luiz Carlos Marques Vanerlei³, Ercy Mara Cipulo Ramos³, Hugo Celso Dutra de Souza4, Ada Clarice Gastaldi4

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo avaliar a resposta cardiorrespiratória ao exercício com Flutter VRP1®, em pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), com a realização no aparelho de forma livre e com a pressão expiratória controlada (PE). O presente estudo teve como objetivo avaliar a resposta cardiorrespiratória ao exercício com Flutter VRP1®, em pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), com a realização no aparelho de forma livre e com a pressão expiratória controlada (PE). Treze pacientes portadores de DPOC foram submetidos a três dias de experimento com Flutter VRP1® acoplado a um manovacuômetro. Em um dos três dias a PE era livre e nos outros era pré-determinada a 20 ou 30 cm H20 (FLU 20 e FLU 30). Em cada dia foram realizadas três séries de 10 expirações com intervalos de repouso de três minutos entre elas. Foram analisados: PE (no dia livre), pressão arterial (PA), frequência respiratória (f), saturação parcial de oxigênio (SatO2), variabilidade da requência cardíaca (VFC) e comportamento da frequência cardíaca (CFC). Os resultados do dia FLU 30 não foram analisados, pois apenas dois pacientes conseguiram realizá-lo. Não houve  iferença estatística quando comparados os dois dias de protocolo e os intervalos de repouso e de execução do aparelho em um mesmo dia, exceto no CFC dentro de cada sessão, onde houve diferença estatística (p<0,05) entre a FC Inicial e a FC Pico e entre a FC Final e a FC de Pico. Assim sendo, o estudo sugere que o aparelho Flutter VRP1®, quando utilizado por pacientes com limitação de fluxo aéreo de modo não forçado, pode ser o dispositivo de escolha entre os recursos que a fisioterapia dispõe, visto que não provoca alterações clínicas indesejáveis.

Palavras-chave: Fisioterapia; Sistema Cardiovascular; Sistema Respiratório; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

ABSTRACT

This research aims to assess the cardiorespiratory response to Flutter VRP1® in patients with chronic obstructive pulmonary disease-(COPD) during free exercise and with controlled expiratory pressure-(EP). Thirteen CODP patients were submitted to a 3-day experiment using a Flutter VRP1® device coupled to a manovacuometer with free EP and pre-determined EP of 20 or 30cmH2O (EP20 and EP30) in random order. Protocol: Three series of 10 expirations with 3-min rest intervals between each series. The parameters were assessed: expiratory pressure-(EP), arterial pressure, heart rate-(HR), breathing frequency, partial oxygen saturation, and heart rate variability-(HRV). The results regarding EP30 were not analyzed because only two patients were able to do so. No differences were observed between the protocol days (free EP and EP20) as well as between rest intervals and exercises performed in the same day, except for HR. Increased differences were observed between baseline and peak HR as well as between final and peak HR (P < 0.05).This study suggests that Flutter VRP1®, when used by COPD patients in a non-forced way, can be the device of choice among the physiotherapy resources available. Its usage within the suggested range is safe and does not cause any adverse effect on the cardiovascular system.

Key-words: Physical Therapy; Cardiovascular system; Respiratory System; Chronic Obstructive Pulmonary Disease

Sobre os Autores

1. Mestre pela Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (Departamento de Ortopedia, Traumatologia e Reabilitação) e fisioterapeuta da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – FAEPA/HCFMRP.
2. Fisioterapeuta especialista do Hospital e Maternidade SEPACO e do Hospital Santa Isabel.São Paulo, SP – Brasil.
3. Professor (a) Doutor (a) da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente Fisioterapia. FCT / UNESP.
4. Professor (a) Doutor (a) da Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Departamento de Ortopedia, Traumatologia e Reabilitação. FMRP / USP.

Recebido: 05/11/2009
Aceito: 01/06/2010
Autor para correspondência: Joana Tambascio
E-mail: jtambascio@yahoo.com.br