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SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS COMUNITÁRIOS DE UMA CIDADE DA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL

Débora Pase Ferrari1, Deise Iop Tavares2, Géssica Bordin Viera Schlemmer3, Alethéia Peters Bajotto4

1Fisioterapeuta pela Universidade Franciscana – RS (UFN).

2Fisioterapeuta. Mestra em Gerontologia pela Universidade Federal de Santa Maria – RS (UFSM).

3Fisioterapeuta. Doutoranda em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – RS (UFRGS).

4Fisioterapeuta. Docente do Curso de Fisioterapia da UFN – RS.

Edição:

RESUMO

Contextualização: É imprescindível reconhecer o envelhecimento populacional no Brasil. Aliado a isso, nota-se a grande incidência de depressão na faixa etária acima dos 60 anos, fato que compromete a funcionalidade e qualidade de vida do idoso. Objetivo: Investigar a prevalência de sintomas depressivos em idosos comunitários de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Ainda, foi realizada a correlação dos sintomas depressivos com a idade, sexo, funcionalidade familiar e qualidade de vida. Método: Trata-se de um estudo de método misto, quantitativo e qualitativo, do tipo não probabilístico acidental. Utilizou-se como questionários uma ficha sociodemográfica, Escala de Depressão Geriátrica (EDG), APGAR familiar e Qualidade de Vida do Idoso da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-OLD). Resultados: Participaram da pesquisa 35 idosos comunitários, 20% do sexo masculino e 80% do sexo feminino, cuja média de idade foi de 70,8±7,5 anos. A pesquisa apontou que mais de 50% dos idosos entrevistados residem com mais de 3 pessoas na casa e 74,3% deles vão caminhando até a UBS, onde o médico é o profissional mais procurado (77%). Não houve uma diferença significativa entre sintomas depressivos na EDG quando comparados os sexos feminino (mediana = 3,5) e masculino (mediana = 3). Não houve correlação significativa entre sintomas depressivos e a idade, EDG e o domínio de intimidade do WHOQOL-OLD e entre EDG e APGAR familiar. Conclusão: Conclui-se que as participantes apresenta um baixo indício de sintomas depressivos. Ainda, não apresenta relação com a funcionalidade e qualidade de vida. Estudos como esse devem ser estimulados afim de se conhecer melhor a população idosa.

 

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Depressão. Idoso.

ABSTRACT

Background: It is essential to recognize the aging population in Brazil. Allied to this, there is a high incidence of depression in the age group over 60 years, a fact that compromises the functionality and quality of life of the elderly. Objective: To investigate the prevalence of depressive symptoms in community-dwelling elderly in a city in the interior of Rio Grande do Sul. Also, the correlation of depressive symptoms with age, sex, family functionality and quality of life was performed. Method: This is a mixed method study, quantitative and qualitative, of the accidental non-probabilistic type. A sociodemographic form, Geriatric Depression Scale (GDS), family APGAR and Quality of Life of the Elderly from the World Health Organization (WHOQOL-OLD) were used as questionnaires. Results: Thirty-five community-dwelling elderly people participated in the study, 20% male and 80% female, whose mean age was 70.8±7.5 years. The survey showed that more than 50% of the elderly interviewed live with more than 3 people in the house and 74.3% of them walk to the UBS, where the doctor is the most sought after professional (77%). There was no significant difference between depressive symptoms in the GDS when comparing females (median = 3.5) and males (median = 3). There was no significant correlation between depressive symptoms and age, EDG and the WHOQOL-OLD domain of intimacy and between EDG and family APGAR. Conclusion: It is concluded that the participants have a low indication of depressive symptoms. Still, it has no relationship with functionality and quality of life. Studies like this should be encouraged in order to better understand the elderly population.

 

Key words: Primary Health Care. Depression. Old man.

 

Autor para correspondência:

Prof. Dra. Alethéia Peters Bajotto

Universidade Franciscana

Rua Silva Jardim, 1175 Bairro Nossa Senhora do Rosário

Santa Maria, Rio Grande do Sul

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E-mail: alebajotto@ufn.edu.br